sexta-feira, 23 de abril de 2010

Respirar fundo

E agora é respirar fundo e ir em frente... Tudo poderá ser decidido em seis dias, oito provas, vinte e oito horas, umas setenta páginas manuscritas...
A preparação é proporcional ao tempo. No meu caso, talvez isso seja ruim. Mas não posso desanimar, tenho que acreditar. Afinal, já cheguei até aqui. E quero muito ir muito mais longe.
O cenário parece assustador. O objetivo, dourado. Se conseguirei alcançá-lo desta vez, mesmo sendo a primeira? Espero, de todo meu coração, que sim. Quero muito. Todavia, também tenho que me preparar para a resposta negativa, que implicará em mais um ano de espera e angústia.
Que esse ano não venha. Mas, se vier, estou a postos.

domingo, 7 de março de 2010

'Sisters', por Martha Medeiros, "Revista O Globo", de 07.03.2010, p. 26

Sempre que chega o Dia Internacional da Mulher, procuro fugir do discurso de vitimização que a data invoca. Não que estejamos com a vida ganha, mas creio que as mulheres já mostraram a que vieram e as dificuldades pelas quais passamos não são privilégio nosso: injustiça e violência são para todos. Temos, ainda, o grande desafio de conciliar as atividades domésticas com a realização profissional, e precisamos, naturalmente, da parceria do Estado e da parceria dos parceiros: ser feliz é um trabalho de equipe. Mas não vou utilizar o 8 de março para colocar mais água no chororô habitual. Prefiro aproveitar a data, este ano, para fazer um brinde à nossa importância não para a sociedade e nem para a família, mas umas para as outras.
Assistindo em DVD ao delicado filme "Caramelo", produção franco-libanesa do ano passado, tive a sensação boa de confirmar que o tempo passa, os filhos crescem, os corações se partem, mas as amigas ficam. Como todos os filmes que abordam a amizade e a solidão intrínseca de toda mulher, "Caramelo" nos consola valorizando o que temos de melhor: a nossa paixão, a nossa bravura ("Sou mais macho que muito homem") e o bom humor permanente, mesmo diante de tristezas profundas.
(...)
Recentemente recebi por email um texto anônimo, em inglês, que falava justamente sobre isso: precisamos de mulheres à nossa volta. Amigas, filhas, avós, netas, irmãs, cunhadas, tias, primas. Somos mais chatas do que os homens, porém, entre uma chatice e outra, somos extremamente solidárias e companheiras de farras e roubadas. Esquecemos com facilidade as alfinetadas da vida e temos sempre uma boa dica para passar adiante, seja um filme imperdível, uma loja barateira ou uma receita para esquecer da dieta. Competitivas? Talvez, mas isso não corrompe em nada a nossa predisposição para o afeto, a nossa compreensão dos medos que são comuns a todas, a longevidade de nossos pactos, o nosso abraço na hora da dor, a nossa delicadeza em momentos difíceis, a nossa humildade para reconhecer quando erramos e a nossa natureza de leoas, capazes de defender não só os nossos filhotes, mas os filhotes de todo o bando.
Aprendemos a compartilhar nossas virtudes e pecados e temos uma capacidade infinita para o perdão. Somos meigas e enérgicas ao mesmo tempo, o que perturba e fascina os que nos rodeiam. Brigamos muito, é verdade: temos unhas compridas não por acaso. Em compensação, nascemos com o dom de detectar o sagrado das pequenas coisas, e é por isso que uma amizade iniciada na escola pode completar bodas de ouro e uma empatia inesperada pode estimular confidências nunca feitas. Amamos os homens, mas casadas, mesmo, somos umas com as outras.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Calor

Tem feito um calor desumano. Temperatura:40,9°C. Sensação térmica: 50°C.
Tem gente que prefere calor ao frio. Não concordo com a maioria dos argumentos.
1. No frio, você não tem vontade de fazer nada. Vontade de não fazer nada eu tenho quando não posso respirar sem suar horrores. Sair na rua? Nem pensar. O sol castiga, você sente sua pele queimar.
2. No frio, você tem que vestir roupas pesadas, que atrapalham. Mas, pelo menos, adiantam. Porque, no calor que está fazendo, nem se eu saísse de biquíni pela rua iria me sentir mais confortável.
Mas, tudo bem. Tem gosto para tudo. Eu só sei que não iria reclamar se o Pão de Açúcar estivesse coberto de neve. ;)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Natal

O que me incomoda no Natal é ser tempo de paz, alegria, reuniões familiares, abraços, carinhos...
Isso não deveria ser o ano inteiro? Quer dizer, porque o Natal tem que ser especial se as nossas vidas seriam bem melhores se nos comportássemos como se fosse Natal todo dia?
Por que não ligamos para os amigos distantes durante todo o ano? Por que a correria de falar com todos em um espaço de dois dias?
Lanço a campanha: Natal ontem, hoje, amanhã e todo dia.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Inferno astral

Queria um egg muffin e o McDonald's não tinha ovos. Comprei duas raspadinhas, ganhei 3 reais em uma delas e foi esta que foi parar no lixo. Saí com as meninas e nada que eu queria tinha. Fui para o curso e tive que esperar uma hora e meia até que restabelecessem o sinal. Esqueci o texto que eu queria ler em casa. O inferno astral acaba no aniversário, né?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Um dos efeitos da Lei Seca

Quando a Lei Seca entrou em vigor, eu não estava por aqui, então meio que perdi o referencial quanto à agressividade no trânsito e essas coisas. Mas se tem uma consequência que salta aos olhos é: a falta de disponibilidade de táxis.
Aliás, acho que, se fizessem uma pesquisa, ficaria comprovado que os taxistas foram os que mais ganharam com o medo de ser pego numa blitz. Tente encontrar um táxi disponível numa sexta ou num sábado à noite. Você pode se considerar sortudo se o tempo de espera informado for menor do que quarenta e cinco minutos... mas só se, depois de cinquenta a cooperativa não ligar informando que, infelizmente, não foi encontrada nenhuma unidade disponível para atendê-lo. Isso se ligar, porque já vi casos em que depois de ultrapassado e muito o tempo de espera, o cliente que teve que ligar para ouvir a voz da mocinha, na maior cara-de-pau, dizendo que não há unidade disponível ("e eu não avisei porque não quis, problema seu").
Não sei se existe solução para este problema. Talvez, com o tempo, os motoristas fiquem mais conscientes e saiam à noite para curtir sem álcool (é divertido também, bem que poderiam tentar). Ou aprendam a dividir, um se "sacrificando" por vez (em um carro, cabem cinco pessoas, por que ir sozinho? Aliás, dar carona é uma medida que também combate o aquecimento global).
Mas, enquanto isso não acontece, vou continuar ligando para a cooperativa para agendar um táxi com, pelo menos, quatro horas de antecedência.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Homens e suas bolsas

Entre as bizarrices que encontramos nos shopping centers da vida, uma das que me chama mais a atenção é aquele homem, de camiseta, calça ou bermuda e... uma megabolsa marrom ou azul. Claro, acompanhado de uma moça que colocou coisa demais na bolsa e ficou com preguiça de carregar.
Não é estranho? A mulher está acostumada a colocar um monte de coisas na bolsa. Deveria estar comprometida a carregá-la e não passar o fardo para outrem. Os homens não conseguem levar tudo o que precisam nos bolsos? Se quer levar mais coisas, a mulher tem que assumir a responsabilidade e manter-se na posse do acessório até o fim. Gente, bolsa faz parte do visual (feminino, se é que eu não fui bem clara). Homens, revoltem-se! Ou merecerão ouvir todo o tipo de piada sobre a cor que mais combina com aquele tênis que vocês adoram!